Carta aberta para nossos Clientes

A Cyberfly iniciou as operações na área de telecomunicações em dezembro de 2011, antes éramos uma empresa que vendia e prestava suporte na parte de informática.

O serviço de acesso à internet, nasceu por solicitação dos nossos clientes; como tínhamos o relacionamento ficou fácil de ouvir e de ver os problemas que nossos clientes enfrentavam quando se tratava de conexão à internet, afinal sofríamos juntos!

Quando se tomou a decisão de iniciar essa operação uma condição foi posta a mesa, condição essa que seria nossa missão!

Atender Bem!

Esse era justamente o problema que enfrentávamos com as operadoras que atendiam nossos clientes, ficávamos horas ao telefone para conseguir contato com um atendente, não conseguíamos configurar um acesso as câmeras pelo fato de a empresa não fornecer um IP válido, haviam diversas quedas na conexão e o tempo de reparo as vezes se esticava para uma semana pelo fato das equipes não serem daqui, nossos clientes recebiam cobranças indevidas (as vezes até injustas), que pareciam ser enviadas de propósito. De fato, era um descaso, uma falta de educação e não era barato.

Alicerçados nesses valores iniciamos nossas atividades e fomos “navegar” em um oceano desconhecido!

Os primeiros passos são tortos, sem equilíbrio, afinal de contas o barco está balançando bastante, resolvíamos um problema, aparecia outro, comprávamos um equipamento novo para resolver um problema, virávamos a madrugada trabalhando na troca, testávamos e íamos para casa pelas 05:00 da manhã, as 07:00 o telefone tocava que não estava funcionando em tal lugar, jogava uma água na cara e pulava para cima do uninho e lá estávamos nós, mais uma vez resolvendo mais um problema! A vida de técnico em telecomunicações não é fácil, pois quando você está no horário de serviço a maioria dos clientes estão trabalhando, as 18:00 que o cliente chega em casa e percebe que está sem internet, aí inicia o seu trabalho, afinal não podemos ficar desplugados, e com razão, você paga para isso!

Ao final de 2012, passada a fase inicial e com muitos problemas resolvidos, muitos equipamentos perdidos nos testes do “agora vai”, muitos clientes felizes e muitos insatisfeitos também “sabemos”, encontramos o “modus operandi”, de fato dominamos a tecnologia e já começamos a esboçar alguns investimentos em redes ópticas, mas tínhamos um desafio maior para resolver antes, a questão legal da empresa, licenças da Anatel, emissão de Sistema Autônomo de IP’s (ASN), instalação de servidores de domínio, internalização de serviços de TI, aquisição de sistemas entre outros desafios “que também não dominávamos”.

Acho que foi a parte mais chata da história, são uns dez caminhos diferentes que levam ao mesmo lugar, todos custam um caminhão de dinheiro e são esburacados, com pedras e espinhos, quantas noites em claro esperando uma resposta da Anatel e ela vinha, precisa mudar o CNAE da empresa para serviços de telecomunicações, falta a assinatura do contador, falta pagar uma taxa, falta um engenheiro responsável e assim você vai até receber o tão esperado SCM (Serviço de Comunicação Multimidia ) que lhe autoriza a trafegar dados, ou seja, prover o acesso à internet, só que junto dele um calhamaço de obrigações e declarações, quantos usuários, quantos pontos de acesso em rádio, qual a capacidade dos links, que são as operadoras de transito, melhor contratar uma consultoria para isso…

Já é metade de 2013, a burocracia está bem encaminhada, pensamos, precisamos entregar mais velocidade para os clientes, o rádio começa a gerar algumas reclamações recorrentes de lentidão, vamos começar a construir uma rede óptica, isso vai ser o futuro! Reinicia o ciclo das descobertas, do equipamento novo, das madrugadas, dos problemas, só que desta vez tivemos um novo problema que nos acompanhou, endividamento!

Não é barato construir uma rede óptica, as pessoas falam, mas é R$ 2,50 o metro, é barato! Com 1000 metros você faz uma quadra, só em cabo já foi R$ 2500,00, daí tem as caixas de emenda, os spliters que fazer a divisão da rede, o equipamento que vai iluminar essa fibra, o projeto de engenharia, a aprovação da RGE e claro o aluguel dos postes que atualmente está em R$ 9,58 por poste ao mês. E depois tem a instalação do cliente que passa dos R$ 600,00 só em equipamento.

Esse projeto nos levou a um nível de endividamento alto, acreditávamos no projeto, sabíamos que iria dar certo e para isso precisamos ir ao banco.

E aí ao final de 2014 concluímos que precisávamos de gestão, desse jeito iriamos fechar as portas e após muito pensar decidimos por nos referenciar na ISO9001 pois além de ser um sistema para gestão da qualidade do serviço, também nos traria processos e organização para a empresa, então em 2015 recuamos os investimentos em redes ópticas e começamos a organizar nossa casa.

Foi um período difícil, foi como trocar os pneus com o carro andando, tivemos muitos problemas com equipes, clientes, contas, rede, carros, equipamentos.

Em novembro de 2018 conquistamos nossa primeira certificação ISO 9001 e de lá até o presente momento continuamos fazendo desta, nossa referência de gestão e qualidade nos serviços.

Retomamos os investimentos na construção de redes em 2019 e 2020, que mesmo com a pandemia paramos nossa empresa por apenas 7 dias, arrisco dizer que fomos imprudentes, mas não dava para deixar clientes e empresas sem conexão, assumimos os riscos e fomos a campo!

O ano de 2020 foi difícil, havia muita demanda por internet, estávamos preparados para isso, mas os fornecedores nem tanto, então acabaram-se os estoques de equipamentos, quem tinha colocou o dobro do preço e pedia pagamento a vista, do outro lado o cliente desesperado pela conexão, precisando montar seu “home office” do dia para a noite para continuar no seu emprego e no meio nós como facilitadores desse processo.

Acredito também que foi nesse momento em que o mercado percebeu que tinha uma demanda gigante por acesso a internet, olha só como ela é importante, ninguém mais vive sem, todos precisam para trabalhar, e as grandes operadoras que estavam confortáveis cuidando apenas das capitais se viram apertadas, e precisaram expandir para o interior que antes era trabalho para os pequenos.

Eu sempre digo, com dinheiro dá para fazer bastante coisa, como construir uma rede em Vacaria em 90 dias, e agora que já tenho a rede? me faltam os clientes!

Como ter o máximo de clientes no menor tempo possível? Com dinheiro dá para fazer bastante coisa, joga o preço lá embaixo!

E assim o fizeram em todas as cidades, apertando assim os pequenos provedores que tiveram que expandir as suas redes para poderem continuar crescendo. Hoje em vacaria são 15 provedores de internet que junto totalizam 450.000 portas para um total de 25.000 residências, uma média de 18 pontos por casa, quando na verdade se necessita de apenas um.

E qual é o cenário atual, o cliente está deitando e rolando, nunca se teve tanta opção a um preço tão acessível, é nítida a estratégia das grandes operadoras de pressionar o mercado inteiro para baixo, quem tiver poder de fogo para competir vai sobreviver, que não tiver opera por um tempo e vende “enquanto há tempo”, não existe saída.

Aos clientes eu digo, não deixaremos aquele cenário de 2011 se repetir, nós nascemos com uma missão e não renunciaremos a ela, sempre foi e sempre será, Atender Bem!

Criamos nossos planos sem limite de velocidade, para que limite de velocidade se não te limitar? Temos nosso plano pró que prevê atendimento até nos domingos, temos o super Wi-Fi que instalamos quantos roteadores forem necessários para que a internet funcione em todos os cantos da residência, temos nossos planos empresariais que não deixam sua empresa nenhum segundo sem internet (NSSI), assumimos isso em contrato, temos uma equipe de call center própria atendendo até as 23:30, 7 dias por semana, temos uma equipe técnica própria, alias na Cyberfly nada é terceirizado, já temos mais de 300 quilômetros de fibra no interior, levando conexão para quem não tinha, nós fomentamos o esporte, a cultura, tudo que fizemos é para o bem estar dos nossos clientes.

Quanto a fase, sobreviveremos como sempre fizemos, aos que estão indo em virtude do preço, vamos esperar todos de braços abertos com um ótimo café em uma de nossas lojas, vocês nunca serão apenas um número em nosso sistema.

 

Aos que estão junto e não abrem:

Vocês escolheram não renunciar nossas raízes, vocês escolheram deixar seu dinheiro na nossa cidade, vocês escolheram manter seus amigos e até parentes empregados, vocês são o desenvolvimento da nossa região, vocês são a Cyberfly!

 

Muito obrigado

Anderson Borges – CEO Cyberfly